Inflação

IPCA: Brasília registra a maior inflação do país em maio

O índice de preços na capital federal foi quase quatro vezes maior que a média nacional. Segunda maior alta foi registrada em Belém, sede da COP30

Os principais vilões no DF foram os preços da energia elétrica residencial e da gasolina -  (crédito: Ronaldo de Oliveira/CB)
Os principais vilões no DF foram os preços da energia elétrica residencial e da gasolina - (crédito: Ronaldo de Oliveira/CB)

O alto custo de vida da capital federal foi escancarado no mais recente Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com os dados, divulgados nesta terça-feira (10/6), a inflação de Brasília em maio foi quase quatro vezes maior que a média nacional. 

Enquanto a média do país foi de 0,26%, uma desaceleração quando comparada ao mês anterior, no Distrito Federal o indicador teve alta de 0,82%. Foi a maior variação da inflação em termos regionais. 

Os principais vilões no DF foram os preços da energia elétrica residencial, que apresentou alta de 9,43%, e da gasolina, de 2,60%. No primeiro caso, a alta acompanha uma tendência nacional devido à mudança na bandeira tarifária, que opera no patamar vermelho, acionado quando os custos de geração estão mais elevados do que o normal. 

A vigência adicionou um incremento de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Com isso, a energia elétrica residencial teve um aumento médio de 3,62% em maio, maior impacto sobre a inflação geral. 

No caso da gasolina, a alta na capital veio bem acima do aumento nacional no preço do combustível, que foi de 0,66%. No ano, a inflação na capital federal acumula alta de 3,12% e, em 12 meses, de 5,59%. 

Efeito COP 

A segunda maior alta do IPCA, em termos regionais, foi registrada em Belém (PA). A cidade, que será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, marcada para novembro, já enfrenta uma especulação de preços às vésperas do evento. A inflação na capital paraense foi de 0,66% no mês de maio. 

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Base da alimentação dos paraenses, o litro do açaí vem assustando os moradores da capital, chegando a custar em média de R$ 40 a R$ 50, o dobro do preço comum. O fruto tem se tornado cada vez mais caro devido à escassez, alta demanda e mudanças climáticas. “Os preços estão ficando impraticáveis, dizemos que já estão praticando os preços da COP, que são inviáveis para quem mora aqui”, desabafou João Pedro Aranha, produtor cultural da região. 

A menor variação regional da inflação ocorreu em Rio Branco (AC), com o indicador nulo. O resultado se deu, principalmente, pela queda de 9,09% no ovo de galinha e de 6,26% no arroz.

 

postado em 10/06/2025 15:40 / atualizado em 10/06/2025 15:41
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