
Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galápagos Capital, elencou nesta terça-feira (10/6) questões ambientais, de tecnologia e de infraestrutura como os principais gargalos para o setor extrativista. A especialista também comentou sobre desafios do mercado internacional no setor de mineração.
“Entre os desafios no setor, enxergo a pauta ambiental, o alto custo de energia e transporte, a necessidade de melhoria da infraestrutura e evolução tecnológica, e a tributação sobre exportações”, citou Tatiana, durante participação no evento Brasil em Transformação: a mineração no Brasil e no exterior, realizado hoje pelo Correio.
Ela falou ainda sobre a nova dinâmica do comércio mundial, especialmente as incertezas nas relações comerciais entre Estados Unidos e China, que afetam diretamente as exportações brasileiras de aço e minério de ferro. Essas lacunas também impactam o investimento global, reduzindo a demanda por minerais.
“É bastante importante ressaltar aqui a questão do desafio dessa nova página do comércio mundial. Então, essa negociação, essas incertezas envoltas aí nas negociações das tarifas principalmente Estados Unidos, a relação Estados Unidos e China nos afeta (enquanto produtores de minérios),” disse.
Segundo a especialista, o setor de mineração é menos sensível a questões internas, como o ciclo econômico doméstico, porque seu crescimento independe desse ciclo doméstico.
“A taxa de juros começou a ser elevada em setembro do ano ado. A gente segue nesse processo e a taxa Selic está em 14,75%. Isso acaba afetando a expectativa de crescimento econômico. Mas tem alguns setores que são fora do ciclo — como a mineração —, que tem um crescimento econômico que independe desse ciclo doméstico, e isso ajuda a contrabalancear também esses momentos onde o ciclo doméstico é um pouco mais deprimido”, ponderou a economista.
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