
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, defendeu a liberação da venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados, durante participação na segunda edição do Brasília Summit.
O encontro reúne empresários e parlamentares ligados ao agronegócio e ao setor imobiliário. Promovido pelo grupo Lide em parceria com o Correio Braziliense, o evento abre um diálogo para a construção de oportunidades para o futuro do Brasil.
A proposta de Galassi seria para autorizar a venda de medicamentos sem prescrição em supermercados. Segundo ele, a medida tem amplo apoio da população, conforme apontado por pesquisa do Instituto Datafolha, e pode representar uma revolução no o à saúde no país.
“Hoje, o setor supermercadista atende o brasileiro em média nove vezes por mês, enquanto as farmácias o fazem de uma vez e meia a duas. Se trouxermos o atendimento farmacêutico para dentro dos mercados, com presença permanente de profissionais qualificados, ampliaremos o o e traremos mais segurança às famílias”, explicou.
Ele frisou que 74% da população é favorável à medida e que o o facilitado pode reduzir o estoque doméstico de medicamentos, diminuindo os riscos de intoxicação, principalmente entre crianças.
Vouchers de alimentação
O presidente da Abras também criticou as altas taxas cobradas pelas operadoras de vouchers de alimentação e refeição, classificando a intermediação financeira de “sanguessuga” do sistema
Ele afirmou que mais de R$ 200 bilhões são movimentados por meio dos vouchers de alimentação e refeição. No entanto, cerca de R$ 10 bilhões por ano ficam retidos em taxas cobradas pelos operadores financeiros.
“Isso não faz sentido. Essa cobrança impacta diretamente no preço final dos produtos, onerando o consumidor”, apontou.
Para solucionar o problema, Galassi frisou que a Abras está empenhada em um projeto que visa eliminar ou reduzir significativamente essas taxas, garantindo que o valor circule de forma mais eficiente entre indústria e varejo.
“Não faz nenhum sentido o sistema financeiro ficar com R$ 10 bilhões para fazer simplesmente esse movimento de intercâmbio entre o varejo e a indústria com volta de alimentação. Por isso, estamos trabalhando para acabar com essas taxas e diminuir de vez essa intermediação.”
Bets
O presidente da Abras aproveitou o evento para cobrar a regulamentação e a tributação eficaz das apostas esportivas (bets) no Brasil, associando o tema à urgência de se proteger as famílias brasileiras e disciplinar a comunicação e propaganda desses serviços.
“Nós precisamos tributar de vez as bets, proteger as nossas famílias e regulamentar a propaganda. Esse é um o necessário para garantir responsabilidade nesse setor que cresce rapidamente”, pontuou.
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