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Reforma de pastagem eleva produção no campo, defende head do Lide Agronegócios

Durante participação na segunda edição do Brasília Summit, Matturro apresentou dados que demonstram ganhos exponenciais em produtividade e sustentabilidade com a adoção de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)

Em seu discurso, Matturro sugeriu a remoção do termo
Em seu discurso, Matturro sugeriu a remoção do termo "degradadas" ao se falar em pastagens: "Toda pastagem pode ser convertida", afirmou - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O potencial de conversão e reforma de áreas de pastagem no Brasil, utilizando sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), foi destacado por Francisco Matturro, presidente do Lide Agronegócios, como uma das grandes evoluções do agronegócio brasileiro e uma grande oportunidade de investimento.

Durante participação na segunda edição do Brasília Summit, Matturro apresentou dados que demonstram ganhos exponenciais em produtividade, sustentabilidade e desenvolvimento regional com a adoção de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)

Durante participação na segunda edição do Brasília Summit, ele apresentou dados que demonstram ganhos exponenciais em produtividade, sustentabilidade e desenvolvimento regional com a adoção dessas práticas. Matturro sugeriu, inclusive, a remoção do termo “degradadas” ao se falar em pastagens: “Toda pastagem pode ser convertida”, afirmou.

“E eu, ministro Fávaro, tiraria o nome ‘degradadas’, porque toda pastagem pode ser convertida. Toda pastagem boa, pastagem cultivada e a pastagem degradada, que é mais rápida, mas toda pastagem pode ser reformada. A cada dois, três, quatro anos, no máximo”, disse Matturro ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também presente no evento.

O encontro reúne empresários e parlamentares ligados ao agronegócio e ao setor imobiliário. Promovido pelo grupo Lide em parceria com o Correio Braziliense, o evento abre um diálogo para a construção de oportunidades para o futuro do Brasil.

O impacto da iLPF foi ilustrado por Matturro ao citar como exemplo uma fazenda em Ipameri, Goiás, que demonstrou resultados impressionantes, segundo ele. Em poucos anos, a capacidade de e da área saltou de meia unidade animal por hectare para seis animais por hectare.

A produção de carne, destacou o head do Lide Agronegócios, disparou de 75 quilos para 1.050 quilos por hectare, de acordo com o palestrante. Paralelamente, as lavouras de grãos integradas viram a produtividade da soja aumentar de 2,7 para 4,5 toneladas por hectare e a do milho, de 5,4 para 13,2 toneladas por hectare.

IDH

Além dos ganhos econômicos, Matturro defendeu que a adoção da iLPF resultou em benefícios ambientais significativos. A fazenda em Ipameri registrou um aumento na matéria orgânica do solo, ando de 1,8% para 3,8% — um acúmulo que, de acordo com ele, levaria séculos para ocorrer naturalmente.

“Chegamos a 7 mil toneladas de silo na trincheira. Isso significa que o animal vai comer o ano todo, vai ter pasto o ano todo, vai engordar muito mais cedo, vai emitir muito menos carbono. Essa propriedade, que emitia carbono nessa proporção, a a sequestrá-lo. E a soma total é essa aqui: carbono ainda será monetizado”, completou.

Matturro ressaltou que essa tecnologia, desenvolvida com apoio da pesquisa e ciência brasileiras, está sendo distribuída por todo o país, impactando o índice de desenvolvimento humano (IDH) das regiões e mudando a vida das pessoas.

Com cerca de 160 milhões de hectares em pastagem disponíveis para a conversão, a expansão da iLPF representaria uma oportunidade estratégica para o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro, aumentando a produção sem necessidade de abrir novas áreas e contribuindo para a preservação ambiental.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 11/06/2025 11:56 / atualizado em 11/06/2025 12:02
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