O Supremo Tribunal Federal retoma, nesta terça-feira (10/6), o interrogatório dos réus da ação penal que apura tentativa de golpe de Estado.
Na parte da manhã, o primeiro réu interrogado foi o almirante Almir Garnier, comandante da Marinha no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na sequência foram interrogados o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Augusto Heleno — que optou por responder apenas às perguntas da defesa. Os questionamentos seguem pela ordem alfabética.
Depois, serão ouvidos o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general Walter Braga Netto — que está preso preventivamente no Rio de Janeiro e será ouvido por videoconferência.
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- Leia também: Mauro Cid para Moraes: "Só o senhor ficaria preso"
Na segunda-feira (9/6), primeiro dia, foram interrogados o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem. Eles fazem parte do grupo de oito réus que integram o Núcleo 1, ou “núcleo crucial”, no caso que julga tentativa de golpe de Estado.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), esse núcleo teve papel central na tentativa de golpe. O esquema envolveu outros 26 réus, que foram divididos em outros três grupos distintos.
O interrogatório foi conduzido pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, com a participação do ministro Luiz Fux e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsável pela acusação.
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Os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
No caso de Alexandre Ramagem, a investigação sobre fatos ocorridos após a posse como deputado federal, em janeiro de 2023, está suspensa até o fim do mandato.
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