Iniciou nesta segunda-feira (2/6) a greve dos professores da rede pública do Distrito Federal. A greve foi declarada na última terça-feira (27/5), durante assembleia da categoria. No Centro de Ensino Médio Elefante Branco, na Asa Sul, poucos alunos chegaram para assistir aula.
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João Victor, de 16 anos, está enfrentando sua primeira greve no Ensino Médio. Ele contou que a maioria dos professores aderiu ao movimento, embora alguns tenham avisado previamente que manteriam as aulas. Apesar disso, João acredita que a greve deve durar pouco tempo, talvez até 15 dias, e mantém a esperança de que os professores logo retornem. Morador do Gama, ele relatou que precisa acordar às 4h30 da manhã para chegar à escola, após uma longa viagem de ônibus.
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Para ele, a paralisação é prejudicial, pois compromete o calendário letivo e pode gerar a necessidade de reposições aos sábados. Segundo João, embora já houvesse rumores sobre a possibilidade de greve desde agosto, muitos alunos foram pegos de surpresa com a adesão após uma paralisação recente organizada pelo sindicato. “A gente não tem poder para fazer com que os professores voltem. Só nos resta esperar pelos próximos capítulos”, lamentou.
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Os pais também expressam preocupação com os impactos da paralisação. André Luiz de Paiva, de 51 anos, conta que embora o movimento prejudique os alunos, especialmente no momento decisivo de preparação para o Enem e vestibulares, é fundamental valorizar a categoria docente. “Infelizmente, o governo não prioriza a educação e não está cumprindo nem o que foi determinado pela Justiça”, criticou.
André relatou que o filho, André Guimarães Paiva, de 17 anos, já enfrentou uma greve no primeiro ano e, agora, novamente precisa lidar com a interrupção das aulas. Apesar da adesão de muitos professores à paralisação, o adolescente contou que três docentes informaram que manterão as aulas, motivo pelo qual o estudante compareceu à escola.
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Os profissionais entraram em greve em nome da campanha salarial e reivindicação de 19,8% de reajuste, além da reestruturação do plano de carreira, com diminuição do tempo para chegar ao topo da tabela salarial. Além disso, os professores reivindicam ainda o dobro do percentual de titulação atualmente aplicado para professores com especialização, mestrado e doutorado. Hoje, os percentuais são, respectivamente, de 5%, 10% e 15% sobre o vencimento básico. A reivindicação é que os percentuais sejam atualizados para 10%, 20% e 30%.
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